A saída de estudos do 4º e do 5º ano foi numa
sexta-feira, dia 17/08/2012, com destino à Nova Petrópolis e Bento Gonçalves,
com o objetivo de conhecermos um pouco mais sobre a Imigração Italiana e Alemã.
Foram ao passeio os alunos do 4°ano e do 5º ano. Saímos da escola às 7hs e nos
acompanharam as professoras Ana Paula e Neiva e a coordenadora Leonete.
No caminho tinha casase morros e muitas
coisas como flores e plantações.A primeira coisa que aconteceu foi a decida no
Labirinto,depois na Aldeia do Imigrante depois agente foi para o ônibus e fomos
direto para a Vinicula,pegamos o ônibus e fomos para Bento Gonçalves.Paramos em
um restaurante Alemão e visitamos vários lugares.Agora vamos contar um pouco da
história de Bento Gonçalves e de Nova Petrópolis.
Nova
Petrópolis
Até o século XIX, a região da Serra Gaúcha era território tradicional dos índios caingangues. Nesse século, os caingangues que
habitavam as áreas montanhosas da Região Sul do Brasil
foram desalojados violentamente por ação de matadores de indígenas chamados de
"bugreiros". Estes haviam sido contratados para abrir espaço para a
instalação, por parte do governo imperial brasileiro, de imigrantes europeus na
região, visando a um "embranquecimento" da população brasileira, até
então majoritariamente negra e mestiça[6].
Localizada na Serra gaúcha, Nova Petrópolis foi fundada em 7 de setembro de 1858 por imigrantes alemães oriundos da Pomerânia, Saxônia, Boêmia e do Hunsrück, dos quais descendem a maioria dos seus
habitantes. Tinha, originalmente, 35 000 hectares e, em 1866, contava com 991
habitantes. Em 1912, com 8 500.[7]
Berço do
cooperativismo de crédito
Nova Petrópolis é também o berço do
Cooperativismo de Crédito da América do Sul. Em 28 de Dezembro de 1902, foi fundada, pelo padre suíço Theodor Amstad, o modelo cooperativo que deu
origem ao Sistema de Crédito Cooperativo que, hoje,
propagou-se pelo país inteiro. No Parque Aldeia do Imigrante, encontra-se, entre
outras atrações, o Museu da Cooperativa, que existe até hoje, sob o nome de
Sicredi Pioneira.
Demografia
A população do município em 2010 era
estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 19 058
habitantes, sendo o 104° município mais populoso do estado e
apresentando uma densidade populacional
de 61,0 habitantes por quilômetro quadrado.
Turismo
Nova Petrópolis está localizada na
Região Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, nos altos da Serra Gaúcha. Faz
parte do Projeto Rota Romântica e está na Região das Hortênsias.
Em meio ao verde exuberante da Serra
Gaúcha, Nova Petrópolis se destaca pela sua paisagem, casarios antigos, praças
e jardins floridos.
Atrações Turísticas do Município:
- Torre de Informações Turísticas;
- Parque Aldeia do Imigrante (Aldeia
Histórica, Museus, Foto à Moda Antiga, Lagos, Lojas);
- Praça das Flores;
- Labirinto Verde;
- Morro da Árvore (Linha Imperial -
6Km do Centro);
- Praça Theodor Amstad - (Linha
Imperial - 8Km do Centro);
- Cascata Johann Grings (Linha
Imperial - 8 km do Centro);
- Pinheiro Milenar (Linha Imperial -
9Km do Centro);
- Paredão Malakow (Linha Brasil -
21 km do Centro);
- Pedras do Silêncio (Linha Brasil -
23 km do Centro);
- Panelão (Linha Araripe - 23Km do
Centro);
- Ninho das Águias - Vôo Livre
(8 km do Centro);
Eventos
- Verão no Jardim da Serra Gaúcha
(Janeiro/Fevereiro);
- Magia da Páscoa (inicia uma semana
antes da Páscoa);
- Festimalha (Maio/Junho);
- Agroshow (Junho)
- Festival Internacional de Folclore
(Julho/Agosto);
- Natal em Cores (Dezembro);
Neopetropolitanos
ilustres
Bento
Gonçalves
Bento Gonçalves da Silva (Triunfo, 23 de setembro de 1788 — Pedras Brancas, 18 de julho de 1847) foi um militar, maçom e revolucionário brasileiro, e um dos líderes da Revolução Farroupilha,
que buscava a independência da província do Rio Grande do Sul do Império do Brasil.
Carreira
militar
Filho do alferes português Joaquim Gonçalves da Silva e de
Perpétua da Costa Meirelles, filha de Jerônimo de Ornellas Menezes e
Vasconcellos, rico fazendeiro rio-grandense, nasceu na Fazenda da Piedade,
pertencente à família de sua mãe.[1]
Seus pais desejavam encaminhar o filho
para a carreira eclesiástica, porém a
Bento interessava mais as lides campeiras. A família mudou de idéia
depois de Bento ter matado um homem negro em um duelo, o que levou seu pai a
forçar Bento a assentar praça, porém a interferência de seu irmão João
Gonçalves adiou o enlistamento por cinco anos.[2]
Incorporado na Companhia de Ordenanças
de D. Diogo de
Sousa, Bento cedo demonstrou sua vocação, ao engajar-se nas
guerrilhas da primeira campanha
cisplatina (1811-1812). Ao final da guerra, desincorporado
como cabo, estabelece uma fazenda de criação de gado e uma casa de negócios em
Cerro Largo, território uruguaio; lá conhece sua futura esposa Caetana Joana
Francisca Garcia, com quem se casa em 1814
e tem oito filhos: Perpétua Justa, Joaquim,
Bento, Caetano, Leão, Marco Antônio, Maria Angélica e Ana Joaquina.[2]
Na segunda campanha
cisplatina (1816-1821), seu prestígio como militar se
confirmou. Em 1817 foi nomeado capitão, participou das batalhas
em Curales, Las Cañas (1818), Cordovez, Carumbé (1819)
e Arroio Olimar (1820).[2] Em 1824
foi promovido a tenente-coronel.[2]
Na Guerra da Cisplatina
ou Guerra del Brasil contra as Províncias
Unidas do Rio da Prata, foi comandante de cavalaria na batalha de Sarandi,
em 12 de outubro de 1825, logo depois foi promovido a coronel de 1a linha. Participou também da Batalha do Ituizangó,
também chamada de batalha do Passo
do Rosário (20 de fevereiro de 1827), cobrindo a retirada das tropas
brasileiras.
Reprodução da certidão de batismo de
Bento Gonçalves.
Em 1829, pelos serviços prestados na campanha
de 1825-1828 e que terminou com a independência do Uruguai, D. Pedro I nomeou Bento Gonçalves coronel de
estado-maior, confiando-lhe o comando do 4° Regimento de Cavalaria de Linha e,
no ano seguinte da fronteira meridional. Em 1830
recebeu o diploma da maçonaria.[2]
Em 1834,
denunciado como rebelde e acusado de manter entendimentos secretos com Juan Antonio Lavalleja
para a separação do Rio Grande do Sul,
foi chamado à Corte, junto com João Manuel de
Lima e Silva.[3] Defendeu-se perante o ministro da
Guerra, foi absolvido e teve recepção triunfal no regresso à província. Os
conservadores, no entanto, conseguiram a destituição de Bento Gonçalves do
comando militar da Província do Rio Grande.
Foi eleito deputado provincial em 1835
na 1ª legislatura. Em 20 de abril de 1835, em plena sessão de
instalação da assembléia provincial,
é acusado pelo presidente da província, Antônio
Rodrigues Fernandes Braga, de articular a separação do Rio Grande do
Sul do restante do Império.
Revolução
Farroupilha
“Veneramos tua espada
como relíquia de glórias pois foi pincel da história que tracejou nosso mapa, e esta indiada, pronta e guapa que te olha com reverência, é da mesma descendência, da velha estirpe farrapa” |
A Revolução Farroupilha iniciou-se em 20 de setembro de 1835. No dia 25 daquele mês, o chefe
militar declarou respeitar o juramento que havia prestado ao código sagrado,
ao trono constitucional e à conservação da integridade do império. Em
princípio, portanto, o levante não era de caráter separatista mas se dirigia
contra o presidente da Província e Comandante das Armas. Mesmo assim, o Império
não poderia aceitar a destituição de seus delegados - fosse por golpe ou não.
Iniciava-se a luta que se estenderia por dez anos.
Na sua ausência, após retumbante
vitória na Batalha do Seival, a República Rio-grandense foi proclamada pelo general Antônio de Sousa Netto em 11 de setembro de 1836.
Bento Gonçalves foi preso na Batalha do
Fanfa (3 e 4 de outubro de 1836).[3] Foi mandado para a Corte e depois
encarcerado na prisão de Santa Cruz e mais tarde para o Forte da Laje, no Rio de Janeiro.[3] Ali, apesar de preso, conseguiu
receber visitas quase diárias de amigos e simpatizantes, também foi apresentado
a Garibaldi e Rossetti.[3] Em 15 de março de 1837 em uma tentativa de fuga da prisão, Pedro Boticário não conseguiu passar por uma janela,
por ser muito gordo. Em solidariedade Bento Gonçalves
também desistiu da fuga, na qual escaparam Onofre Pires e o Coronel Corte Real.[3]
Depois desta tentativa de fuga foi
transferido para a Bahia onde ficou preso no Forte do Mar. Lá sofreu uma tentativa de envenenamento, onde morreram um gato e um cachorro.[3] Mesmo preso, foi aclamado presidente
em 6 de
novembro de 1836. Permaneceu algum tempo, clandestino,
em Itaparica e Salvador, onde teve contato com membros do
movimento.[4] Depois de despistar seus
perseguidores, que achavam que tinha partido para os Estados Unidos em uma corveta[3] , chegou, via Buenos Aires[5] , de volta ao Rio Grande do Sul e, em 16 de dezembro de 1837, tomou posse como Presidente da República.[6]
A 29 de agosto de 1838 lança seu mais importante
manifesto aos rio-grandenses onde justifica as irreversíveis decisões tomadas
em favor da libertação do seu povo:
“
|
Toma na extensa escala dos estados soberanos o lugar que
lhe compete pela suficiência de seus recursos, civilização e naturais
riquezas que lhe asseguram o exercício pleno e inteiro de sua independência,
eminente soberania e domínio, sem sujeição ou sacrifício da mais pequena
parte desta mesma independência ou soberania a outra nação, governo ou
potência estranha qualquer.Faz neste momento o que fizeram tantos outros
povos por iguais motivos, em circunstâncias idênticas.
|
”
|
E no trecho final, um juramento importante:
“
|
Bem penetrados da justiça de sua santa causa, confiando
primeiro que tudo, no favor do juiz supremo das nações, eles têm jurado por
esse mesmo supremo juiz, por sua honra, por tudo que lhes é mais caro, não
aceitar do governo do Brasil uma paz ignominiosa que possa desmentir a sua soberania e independência.
|
”
|
Intrigas internas, num grupo desgastado
pela longa guerra, em 1844, induzem Onofre Pires a destratar Bento Gonçalves,
chamando-o de assassino (pelo assassinato de Paulino da Fontoura) e ladrão (das aspirações do povo,
referindo-se ao teor da Constituição). Bento então convoca Onofre para um
duelo, que se realiza em 27 de fevereiro de 1844. Onofre, atingido no duelo,
dias depois viria a falecer por complicações advindas do ferimento.
A República Rio-Grandense teve seu fim na Paz de Poncho Verde, em 1º de março de 1845. Luís Alves de Lima e Silva - o Conde de Caxias -, general
vitorioso, assumiu a presidência da Província. D. Pedro II, por sua vez, em sua primeira viagem como imperador
pelas províncias do Império, foi ao Rio Grande em dezembro de 1845. Ao jovem
monarca de vinte anos de idade, apresentou-se Bento Gonçalves, com seu uniforme
de coronel e revestido de todas as medalhas com que havia sido condecorado por
D. Pedro I, pela atuação nas campanhas militares do Primeiro Reinado.
Após o fim da revolta, Bento Gonçalves
retornou para as atividades do campo sem interessar-se mais por política,
Morreu dois anos depois, acometido de pleurisia, deixando viúva Caetana Garcia e oito filhos.
Restos mortais
Seus restos mortais inicialmente foram
sepultados em Pedras
Brancas. No final de 1850 Joaquim Gonçalves da Silva exumou os ossos e transferiu para a
propriedade de sua família , na estância Cristal, onde permaneceram até setembro de 1893, sob sua guarda. Com a mudança de
Joaquim para Bagé, os restos mortais ficaram sob
responsabilidade de seu irmão Bento Gonçalves da Silva Filho e com o falecimento deste, de sua
esposa Maria Tomásia Azambuja.[7]
Em 1900 o último responsável por sua guarda
doou os despojos para seu primo, Inácio Xavier de Azambuja, que repassou para
intendência municipal de Rio Grande, onde hoje repousam no monumento na praça
Tamandaré.
Alison e Bernardo R.
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