Mapa do Brasil com a localização das
tribos indígenas
ANAMBÉ:
A língua Anambé é da família Tupi-Guarani. Nos
anos 80, todos os Anambés com mais de 40 anos eram falantes da língua indígena
e quase todos os que estavam na faixa de 20 a 30 anos a entendiam, mas usavam
correntemente o português. Vivem no alto curso do rio Cairari, um afluente do
Moju, que corre paralelo ao baixo rio Tocantins, pela sua margem direita. Estão
situados na Terra Indígena Anambé, com 7.882 hectares, homologada e registrada,
situada no município de Moju, PA.
APALAI:
Outras denominações: Aparai; Uaiana. A
população é de 2.157 pessoas (segundo dados oficiais em 2003). Língua: Karib.
Sua localização
é no Norte do Pará, Guiana Francesa e Suriname, Amapá, Parque do Tumucumaque,
3,8 milhões de hectares (equivalente a área da Bélgica). Os Apalai e os Wayana são povos de língua karib que
habitam a região de fronteira entre o Brasil (rio Paru de Leste, Pará), o
Suriname (rios Tapanahoni e Paloemeu) e a Guiana Francesa (alto rio Maroni e
seus afluentes Tampok e Marouini).
No Brasil, eles mantêm há pelo menos cem anos,
relações estreitas de convivência, coabitando as mesmas aldeias e casando-se
entre si. Por conseguinte, é muito comum encontrar referências a essa população
como um único grupo, embora sua diferenciação seja reivindicada com base em
trajetórias históricas e traços culturais distintos.
APINAYÉ:
Nomes alternativos: Apinajé, Apinagé.
Classificação lingüística: Macro-Gês.
População: 800 (1994 SIL)
Local: Tocantins, perto de Tocantinópolis.
APURINÃ:
Nomes alternativos: Ipurinãn, Kangite, Popengare.
Classificação lingüística: Arawak.
População: 2,000 (1994 SIL).
Local: Amazonas, Acre; espalhados sobre 1600 kilômetros do Rio Purus,
de Rio Branco até Manaus.
1)
ARARA:
As mulheres dessa tribo usam, como roupa, apenas uma espécie
de cinto chamado uluri, feito de entrecasca de árvore. Se esse cinto se romper
(por acaso), a mulher se sente desprotegida e nua. A presença deste cinto
significa que a mulher não está sexualmente disponível, e a aproximação só
acontece quando ela o retira. Alguns desses povos já estão extintos. Sua língua
é a tupi. No ritual de transição entre a infância e a vida adulta, os meninos
ficam reclusos na casa dos homens e têm que passar por sofrimentos físicos e
dar provas de força. Embora não haja um espaço físico determinado, as meninas
também têm que cumprir alguns rituais de passagem.
2)
ARAWETÉ:
Os Araweté são um povo tupi-guarani de caçadores e coletores
da floresta de terra firme, que se deslocou há cerca de quarenta anos das
cabeceiras do rio Bacajá, em direção ao rio Xingu, no Estado do Pará. O nome
"Araweté", inventado por um sertanista da Funai, não significa nada
na língua do grupo. O único termo que poderia ser considerado uma
auto-denominação é bide, que significa "nós", a "gente", os
"seres humanos". Língua: da família Tupi-Guarani.
3)
ASHANINKA:
Os Ashaninka têm uma longa história de luta, repelindo os
invasores desde a época do Império Incaico até a economia extrativista da
borracha do século XIX e, particularmente entre os habitantes do lado
brasileiro da fronteira, combatendo a exploração madeireira desde 1980 até
hoje. Povo orgulhoso de sua cultura, movido por um sentimento agudo de
liberdade, prontos a morrer para defender seu território, os Ashaninka não são
simples objetos da história ocidental. É admirável sua capacidade de conciliar
costumes e valores tradicionais com idéias e práticas do mundo dos brancos,
tais como aquelas ligadas à sustentabilidade socioambiental, complementar entre
o homem e a mulher.